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“Senhor primeiro-ministro: concorda ou nĆ£o que hĆ” um problema com a Comunidade Cigana em Portugal?” - palrador da extrema direita parlamentar.

Sim, hƔ um problema. Mais do que um atƩ.
Por exemplo, 32% da população cigana em Portugal vive em barracas, tendas, autocaravanas ou roulotes, e na hora de procurarem habitação digna, 75% sentem discriminação - o pior resultado da União Europeia. A nível europeu, são 30% os que vivem em casas sem Ôgua canalizada.
No mercado de trabalho, 76% dos ciganos portugueses sentem-se discriminados na procura de um emprego, ao passo que, entre os que o conseguem, 40% sĆ£o discriminados no seu local de trabalho. As consequĆŖncias sĆ£o claras e devastadoras, com 74% de portugueses ciganos a sentirem “grandes dificuldades de subsistĆŖncia”.
Na educação, fruto das políticas de segregação cada vez mais crescentes em toda a Europa, mais de 90% dos jovens ciganos portugueses abandonam o ensino precocemente, não concluindo sequer a escolaridade obrigatória.
Para além de tudo isto, 94% de homens ciganos e 87% de mulheres ciganas sentiram, no nosso país, formas de assédio por pelo menos duas vezes, num país em que 55% dos portugueses manifestam formas de racismo, considerando que hÔ raças naturalmente superiores a outras, e 71% apresentam viés pró-branco.
No dia de hoje, importa relembrar que os únicos problemas que existem com a comunidade cigana são a discriminação social de que são alvo e a falta de políticas concretas de integração naquilo que são direitos bÔsicos consagrados na Constituição da República Portuguesa.
Quem, como o palrador, achar que o problema estÔ nos ciganos, apenas quer continuar com a discriminação e a segregação racial. Ou então vive num mundo de desinformação total.
A alternativa passa por políticas de integração, de mais direitos, liberdades e garantias e de defesa intransigente da Constituição para todos os cidadãos portugueses por igual.






Fontes: