𝐑𝐞𝐮𝐧𝐢ã𝐨 𝐜𝐨𝐦 𝐨 𝐕𝐞𝐫𝐞𝐚𝐝𝐨𝐫 𝐝𝐚 𝐄𝐝𝐮𝐜𝐚çã𝐨 𝐅𝐞𝐫𝐧𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐏𝐚𝐮𝐥𝐨 𝐞 𝐚 𝐃𝐢𝐫𝐞𝐭𝐨𝐫𝐚 𝐌𝐮𝐧𝐢𝐜𝐢𝐩𝐚𝐥 𝐝𝐚 𝐄𝐝𝐮𝐜𝐚çã𝐨 𝐎𝐭í𝐥𝐢𝐚 𝐎𝐥𝐢𝐯𝐞𝐢𝐫𝐚

No seguimento do nosso trabalho político sobre o ensino na cidade do Porto, depois das visitas a várias escolas e reuniões com a Associação de Pais, Polícia Metropolitana do Porto, entre outras entidades, reunimos com os responsáveis da CMP (Câmara Municipal do Porto) para discutir a situação escolar que se encontra à responsabilidade do munícipio.

Primeiro, compreender que a CMP tem à sua responsabilidade o ensino pré-escolar e básico, tendo as seguintes competências: apoio a projetos educativos/pedagógicos (pré-escolar: atividade física, projeto "Crescer com a Música", entre outros); básico/1º ciclo: ballet, teatro, ioga, filosofia para criança, "Político por um Dia"; "Oficina de educação ambiental" em Serralves; e no 2º e 3º ciclo, o projeto "Porto Futuro" que passa pela conscielização do ensino profissional); apoio à criança e à família; participação em comissões de proteção de jovens em risco; envolvendo nestas responsabilidades, cerca de 200 auxiliares nos jardins de infância e 300 profissionais das AEC'S e Porto de Atividades.

Relativamente às medidas adotadas em tempo de 𝐩𝐚𝐧𝐝𝐞𝐦𝐢𝐚, relevar que as refeições almoço e lanche, às quais a CMP tem responsabilidade na tipologia de escolas mencionadas, continuaram a funcionar, mas em regime take away, sendo que os estudantes puderam continuar a usufruir desse apoio (acrescente-se que a vereação pretende que também o pequeno-almoço seja também disponibilizado, medida que apoiamos e que se deverá estender a todos os outros ciclos; Em segundo, e devido à variabilidade do horário escolar, os pais poderão contar com a redução do preço dos ATL's, visto que estes poderão usufruir das instalações escolares para os seus serviços; Em terceiro, devido à necessidade da utilização das novas tecnologias, no âmbito do Ensino Remoto de Emergência, foi lançado pela CMP um concurso de aquisição de computadores e outros serviços eletrónicos para o presente ano letivo, assegurando, em princípio, que os estudantes do ensino básico não sejam prejudicados no acompanhamento escolar e no seu acesso aos meios digitais - sublinhamos que deverão, como a vontade já mencionada pelo governo, que neste presente ano letivo todos os estudantes tenham o direito ao acesso de computador e internet de modo que não sejam prejudicados no seu sucesso escolar.

O segundo assunto relevante no ensino do município corresponde à urgente e necessária 𝐫𝐞𝐜𝐨𝐧𝐬𝐭𝐫𝐮çã𝐨 𝐝𝐚𝐬 𝐞𝐬𝐜𝐨𝐥𝐚𝐬 𝐩ú𝐛𝐥𝐢𝐜𝐚𝐬, como foi o caso do liceu Alexandre Herculano que, depois de 10 anos de espera, finalmente o projeto foi aprovado e executado; quanto às escolas proimarias, mencionamos o caso da Escola dos Correios que, segundo o vereador, as obras avançarão a partir do 1º semestre de 2021 (uma escola com graves deficiências estruturais). Aponta-se, também, os casos de escolas primárias, como a escola do Sol ou escola Nuendo, que ainda se mantém apesar dos poucos estudantes que têm e que, no nosso entender, deverão ser mantidas, apesar das pressões de encerramento sobre as mesmas.

Por fim, relevar um caso que continua por resolver: 𝐌𝐮𝐧𝐢𝐜𝐢𝐩𝐚𝐥𝐢𝐳𝐚çã𝐨 𝐝𝐨 𝐞𝐧𝐬𝐢𝐧𝐨. Este consiste em transferir as competências que o ME (Ministério da Educação) tem sobre as escolas para os municípios. Esta medida é, no nosso entender, uma necessidade para a descentralização do ensino que beneficiará uma maior aproximação entre as organizações escolares e o poder político. No entender da CMP, esta tem sido adiado porque as responsabilidades a assumir não correspondem ao fundo transferido pelo poder central. Contudo, apesar de esta ser decisão cautelosa, até 2022 esta medida será executada, e ao invés da posição da Câmara ser a de recusa perentória, será fundamental que haja uma negociação com o governo para que seja viável uma medida necessária na reestruturação do ensino em Portugal.


18 setembro 2020